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Notícias 3- - Violência doméstica contra crianças faz mais uma VÍTIMA

Henry tinha 4 anos e foi assassinado
Violência doméstica contra crianças faz mais uma VÍTIMA
Polícia diz que babá sabia que Henry havia sido agredido por Dr. Jairinho e que mentiu ao depor

Celular de Thainá foi apreendido após polícia descobrir que ela mentiu em depoimento. Segundo os investigadores, Henry, que tinha 4 anos, foi assassinado.
Além dos dois mandados de prisão contra a mãe de Henry Borel, Monique Medeiros, e contra o padrasto do menino, o vereador Doutor Jairinho, agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) cumpriram, na manhã desta quinta-feira (8), um mandado de busca e apreensão na casa da babá do menino, morto no último dia 8 de março.
Ao longo deste mês de investigações a Polícia Civil reuniu provas de que Thayná de Oliveira Ferreira mentiu em seu depoimento, prestado no último dia 24, e que sabia que Henry era agredido — a investigação aponta que Jairinho praticou sessão de tortura contra o menino semanas antes da sua morte.
Ao ser questionada sobre o relacionamento de Jairinho e Monique com Henry, Thayná disse que “esteve na presença dos três, no máximo, quatro vezes, sem que passasse de duas horas em cada ocasião, mas não percebeu nada de anormal”.
Os agentes reuniram elementos que indicam que ela sabia, sim, que a criança havia sido agredida pelo padrasto ao menos uma vez, em fevereiro.

Thayná, que foi contratada para trabalhar como babá em 18 de janeiro deste ano, também foi perguntada sobre marcas que a criança poderia ter, mas disse que “costumava dar banho em Henry e nunca viu qualquer marca de violência no corpo do menino”. A investigação afirma que esta declaração também não é verdadeira.
A babá revelou, ainda, que não foi trabalhar no dia 8 de março, esperando um posicionamento de Monique. Por volta das 8h30, a mãe de Henry telefonou e deu a notícia, chorando: “Você não precisa trabalhar hoje. Henry caiu da cama. Estou em choque, perdi meu bem mais precioso”, narrou ela, dizendo que Monique se esforçava para sempre agradar o filho e demonstrava carinho com o menino.
A última vez que Thayná esteve no Condomínio Majestic, no Cidade Jardim, na Barra da Tijuca, foi em 5 de março. Depois, não voltou a falar com Monique até que, no dia 18, um dia após a imprensa revelar o caso, a irmã de Jairinho, Thalita, telefonou para ela, pedindo que fosse até sua casa, em Bangu, pois o “advogado de Jairo queria lhe fazer algumas perguntas”.
Thayná também disse que “ao chegar à casa de Thalita, não chegou nem a sentar, pois o motorista chegou para levá-la juntamente com Rosângela (empregada do casal) até o escritório do advogado”, no Centro.

No escritório, ela foi apresentada ao advogado do casal, André França Barreto. Lá ele conversou primeiro com Rosângela, depois com Thayná. Às duas, fez perguntas sobre o relacionamento delas com Henry, como era o relacionamento do casal, como eram os três juntos e se o menino se queixava de algo.
O advogado explicou que ela seria intimada pela polícia e orientou que ela dissesse apenas a verdade e o que havia presenciado. A babá, após responder todas as perguntas, foi indagada se gostaria de dar uma entrevista para a imprensa. Disse que aceitaria se sua imagem não fosse exposta.
O advogado, então, levou-a para a sala ao lado, onde uma equipe de TV aguardava. Thayná contou à polícia “que respondeu aos repórteres as mesmas perguntas formuladas” pelo advogado.
O vereador e a mãe de Henry foram presos na manhã desta quinta-feira (8) na casa de parentes de Monique em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Segundo os investigadores, a prisão ocorreu porque Monique e Jairinho atrapalharam as investigações da morte da criança e ameaçaram testemunhas.
Embora o inquérito ainda não tenha sido concluído, a polícia acredita que Henry foi assassinado. Falta esclarecer como o crime foi cometido.


Relembre o caso

Henry Borel, de 4 anos, morreu na madrugada do dia 8 de março, após ser encontrado pela mãe caído em um dos quartos do apartamento onde vivia com a mãe e o padrasto. O laudo do Instituto Médico-Legal aponta “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”.
O boletim do hospital, onde Henry chegou às 3h50, informa que Monique e o padrasto, o vereador Jairinho (Solidariedade), disseram ter ouvido barulho emitido pela criança e se levantaram para ver o que aconteceu no quarto.
A médica Viviane dos Santos Rosa relatou que Monique e Doutor Jairinho disseram que encontraram a criança mole "após ouvirem um barulho no seu quarto sem resposta ao chamado da mãe".
No entanto, no depoimento à polícia o casal não mencionou qualquer barulho feito pelo menino.
A polícia também recolheu imagens de câmeras de segurança mostrando que Henry chegou bem ao condomínio onde moram a mãe e o padrasto.
fonte: TV Globo e G1 Rio.